A Polícia Civil de Paranatinga (MT) deflagrou na manhã desta sexta-feira (11), a Operação Tribunal de Rua, que resultou no esclarecimento do homicídio de Euclides, ocorrido na noite da última quarta-feira (09), no bairro União.
Euclides havia sido preso no último domingo (07), suspeito de cometer estupro de vulnerável contra uma menina de 12 anos. No entanto, foi solto na quarta-feira (09), após audiência de custódia, já que os exames iniciais não apontaram provas materiais do crime. Segundo a defesa, os laudos apresentados até o momento indicavam indícios de inocência, e o exame teria sido inconclusivo quanto à materialidade do estupro.
Horas após retornar para casa, Euclides foi executado com diversos tiros dentro de sua residência. A Perícia Técnica (Politec) confirmou que pelo menos 13 disparos foram efetuados no local. Vizinhos relataram ter ouvido os tiros por volta das 20h30.
Após intensa investigação, com apoio de câmeras de segurança e informações de inteligência, a Polícia Civil concluiu que o crime foi cometido por uma facção criminosa atuante em Paranatinga, que teria agido como uma espécie de "tribunal de rua", executando a vítima sem que houvesse investigação do crime.
A operação resultou na prisão de seis pessoas, sendo três diretamente envolvidas no homicídio. Durante as diligências, os policiais apreenderam uma grande quantidade de drogas, entre maconha e pasta base, além de celulares, dinheiro, balança de precisão, capacete e a placa da moto utilizada na ação.
O delegado responsável pelo caso destacou que a vítima foi conduzida pela Polícia Militar para apuração dos fatos, mas não houve tempo hábil para a conclusão das investigações, já que a execução ocorreu no mesmo dia da soltura. Ele reforçou que não havia prova conclusiva contra Euclides.
A operação faz parte do programa Tolerância Zero contra organizações criminosas no estado de Mato Grosso.
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